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Data especiais: Como vivê-las após a morte de alguém?

A morte de alguém pode despertar em nós os mais variados sentimentos, e em diferentes intensidades. Algumas pessoas podem ter a sensação de que “o mundo para”, ou de que “tudo foi perdido”, mas depois de um tempo, se confrontam com a realidade de que “a vida continua”.

Sim, a vida não parou. Você continua vivo, mesmo na ausência de alguém querido por você. Aos poucos, você precisará voltar às suas atividades, ou criar atividades novas; precisará viver seu dia a dia.

Virando as folhas de um calendário, chegarão datas que gostaríamos que deixassem de existir, datas especiais que nos fazem voltar no tempo. Quanta vontade temos de fugir dessas datas…

Na verdade, a fuga não é das datas ou das lembranças que retornam, mas das dores que ainda existem e estão escondidas. Enquanto as dores forem escondidas e sufocadas, sempre fugiremos de situações que possam gerar confronto, mesmo que as datas passem e se repitam.

Relembrar a pessoa, não é errado. Sentir sua falta, ter dias de maior tristeza, não é errado. Viver os dias e as datas comemorativas com alegria, também não é.

O que você pode, tem condições e quer fazer nas próximas datas comemorativas sem seu ente querido? Seja livre naquilo que seu coração pedir, observando sempre o que você tem condições de oferecer. 

Pode ser um dia de emoções, de lágrimas. Também pode ser um dia de relembrar a companhia fazendo algo de que ele gostava ou que era costume. Da mesma forma, falar com conhecidos, lembrar de boas histórias, qualidades dessa pessoa, pode ser uma opção. Manter tradições como forma de homenagear, também pode ser uma escolha. Fazer uma visita ao túmulo. Fazer uma prece. Reafirmar o amor que você ainda sente (e sempre sentirá) por essa pessoa. Há muitas formas de viver essas datas comemorativas.

Uma lembrança, por mais simples que pareça, já dará um sentido para seu dia. Aproveite algum elo que ligava você a essa pessoa. Descubra uma forma, a sua forma, de torná-la presente nas suas atitudes, na sua memória, no seu amor.

Rafaele Danieli

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Quando uma morte inesperada muda a ordem natural da vida

Quando pensamos na vida, logo passam pela mente momentos de alegria e vivências prazerosas. A verdade é que nunca estamos prontos para momentos de dor e de perda. São momentos difíceis de viver e assimilar, mas precisam ser vividos. Não é preciso esconder a dor, porque ela existe. 

Assim é o luto. Assim é a perda de um ente querido. Muda nossa vida de uma maneira que jamais pensamos. Talvez, seja um parente bem próximo como um filho e, neste momento, o sentimento de dor se mistura a outros sentimentos de incompreensão. 

Afinal, a ordem natural da vida não é essa. Eu deveria ir primeiro, penso. Mas essa é a hora também de pensar o que o Criador pensou para a minha vida. Que história ele fez comigo, o que ele me fala com tudo isso e ainda não consigo perceber.

Não quero aqui justificar uma dor, ou desconsiderá-la, mas ajudar a perceber que há algo a considerar além do sentimento de perda. Deus nos ama infinitamente e não nos criou somente para essa vida, mas para vivermos felizes em sua companhia. Alguns são chamados antes do que outros para viver essa alegria eterna e tem a oportunidade de interceder pelos que ficam.

Quando nos vem ao pensamento a vida que se foi, talvez seja o momento de aprender e acalmar o coração com o Mestre Jesus que nos diz: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá.”

Luiz Carlos Camargo