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Luto sem nome: como superar a perda de um filho?

Toda perda é um momento difícil. A morte de um ente querido nos trás muitos questionamentos sem resposta. Quando perdemos alguém muito próximo, como um filho, isso tudo vem com mais intensidade ainda. Não é difícil de entender porque perdemos o rumo da vida nessas circunstâncias. 

Alguns perguntam: como posso superar essa perda? Como viver assim? Como seguir em frente? Talvez, se substituirmos a palavra superar por viver, encontremos uma resposta. Aqui não se trata mesmo de superar algo, porque o luto realmente existe, a dor é real e a perda concreta. 

Sabendo que a vida é um dom que recebemos, só encontramos o verdadeiro sentido do nosso luto em Deus. Nossa dor só pode ser consolada por aquele que é o Verdadeiro Consolo. Em momentos como esse, costumamos não ver as coisas que estão bem à nossa frente e, por mais que alguém nos mostre, não enxergamos. Por isso, é tão difícil a nós que perdemos alguém ver a mão do Senhor a nos consolar todos os dias. 

Assim como a dor de quem perde é real, o consolo do Mestre também o é. Ele usa de muitos instrumentos para consolar: às vezes um amigo, um texto edificante ou até mesmo uma mensagem no celular. O importante é saber que não estamos sós em nosso luto. Sozinhos temos a tendência de paralisar na dor e acabar vivendo um ciclo sem fim. 

Conta o Evangelho de Marcos que o Mestre pregava em uma casa com tal multidão que não se podia entrar. Quatro homens desceram então pelo telhado um amigo paralítico para que o Senhor o curasse. O Mestre admirou-se do esforço daqueles homens e curou o paralítico. Às vezes precisamos da ajuda de amigos que nos levem até a cura. Isso pode se dar através de uma conversa, uma oração, um aconselhamento ou simplesmente um desabafo. Em tudo isso, o Senhor nos consola, e em muitas outras situações. Deixa que o Senhor te console!

Luiz Carlos Camargo

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Quando uma morte inesperada muda a ordem natural da vida

Quando pensamos na vida, logo passam pela mente momentos de alegria e vivências prazerosas. A verdade é que nunca estamos prontos para momentos de dor e de perda. São momentos difíceis de viver e assimilar, mas precisam ser vividos. Não é preciso esconder a dor, porque ela existe. 

Assim é o luto. Assim é a perda de um ente querido. Muda nossa vida de uma maneira que jamais pensamos. Talvez, seja um parente bem próximo como um filho e, neste momento, o sentimento de dor se mistura a outros sentimentos de incompreensão. 

Afinal, a ordem natural da vida não é essa. Eu deveria ir primeiro, penso. Mas essa é a hora também de pensar o que o Criador pensou para a minha vida. Que história ele fez comigo, o que ele me fala com tudo isso e ainda não consigo perceber.

Não quero aqui justificar uma dor, ou desconsiderá-la, mas ajudar a perceber que há algo a considerar além do sentimento de perda. Deus nos ama infinitamente e não nos criou somente para essa vida, mas para vivermos felizes em sua companhia. Alguns são chamados antes do que outros para viver essa alegria eterna e tem a oportunidade de interceder pelos que ficam.

Quando nos vem ao pensamento a vida que se foi, talvez seja o momento de aprender e acalmar o coração com o Mestre Jesus que nos diz: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá.”

Luiz Carlos Camargo