Hoje eu ouvi essa frase que é tão curtinha e tão clichê, mas que me fez refletir muito…
Ouvi-a num contexto hospitalar. Uma senhora que cuidava sozinha de seu pai internado e, agora, estava internada também. Falamos naquele momento sobre distância dela com seu pai, sobre a necessidade dela forçada a parar com suas responsabilidades cotidianas, sobre não ter escolhas em tudo e até sobre o momento político no qual vivemos.
“O que nos resta então? Viver um dia de cada vez…”
O dia dos pais está chegando, e eu refletia dias atrás sobre quem tem e quem não tem sua figura paterna viva. Quem não tem a oportunidade de ter o pai ao seu lado faria o possível (se fosse possível) para mais um momento juntos. Ou relembra histórias afetivas, ou se corroe pensando no que deveria ter ou não ter feito.
Mas o que mais me fez pensar é nas pessoas que tem seu pai vivo, seja estando perto ou longe. Eu mesma, se meu pai estivesse vivo, será que eu viveria com ele um dia dos pais bem vivido e que não me deixasse sentimental no futuro por não ter aproveitado melhor a companhia dele?
Se o seu dia dos pais é de lembranças e sem a presença física do pai, viva isso “com ele”. Lembre dele. Relembre momentos com ele. Diga a ele (olhe para uma foto) que o ama. Viver um dia de cada vez até chegar o momento do reencontro.
E se você tem seu pai vivo, aproveite para ter boas recordações, momentos inesquecíveis. Não só neste dia e não só com ele. Mas a cada manhã literalmente podemos começar um novo dia, é possível fazer um melhor. Viver o hoje, viver o amanhã, viver um dia de cada vez com quem e o que se tem. Parece simples e pouco, mas faz uma diferença na sua história de vida!
Rafaele Danieli
Comunidade Nos Passos do Mestre